DICAS
por
Walmir Araújo da GE Geradores
Trifásico
380/220 volts ou Trifásico 220/127 volts. Qual é o melhor
?
Os sistemas de dimmer usados em
Ilunimação funcionam com tensão 220 volts. Existem
duas formas de geração de energia capazes de alimentar estes
equipamentos; alimentação em fonte trifásico 380/220
volts ou fonte trifásico 220/127 volts.
Quando
dizemos que uma fonte de energia é em trifásico 380/220
ou 220/127 volts, queremos dizer que a tensão (volts) medida entre
duas dessas fases é 380 volts e que a mesma fonte medida entre
uma fase e neutro é 220 volts, ou então, na segunda forma
de geração de energia temos 220 volts medido entre duas
fases e de 127 volts medido entre uma fase e neutro conforme representado
na figura 1.
Se
observarmos a conexão de entrada (podemos incluir foto de barramento
de sindal do rack de dimmer da Ditel) de energia de um rack de dimmer
convencional que utilizamos, de 12 canais de 20 Amperes em 220 volts,
veremos que os mesmos possuem basicamente a configuração
de entrada em dois terminais de entrada para cada 4 canais cada um com
um disjuntor de 20 amperes de proteção para cada canal,
que devem ser alimentados em 220 volts mais uma entrada de terra para
proteção de descargas elétricas decorrentes de eventuais
defeitos nos equipamentos que, na sua ausencia, podem acarretar a queima
de equipamentos ou choque elétrico em pessoas que entrem em contato
com os fios que conduzem a energia que passa pelo sistema. Vamos analisar
estas duas formas de alimentação de energia (figura
2) dos sistemas de dimmer.
Como as duas fontes de energia
que mencionamos podem gerar 220 volts, podemos usar qualquer uma das duas
para fazer com que os equipamentos funcionem adequadamente, utilizando
para o caso de alimentação 380/220 volts uma fase e neutro
em cada par de barramento de 4 canais de entrada ou então duas
fases para cada par de barramento no caso de alimentação
de energia em fonte de 220/127 volts. No entanto, a escolha do uso de
fornecimento de energia em 380/220 volts, como veremos, é a forma
mais segura e economica que podemos adotar, conforme demonstrado em seguida.
Para
esta demonstração, vamos por hipótese, imaginar que
precisaremos ligar 6 lampadas do tipo PAR 64 de 1KW, que são fabricadas
para funcionamento em 127 volts onde geralmente utilizamos o adaptador
para ligação em circuito tipo série para que as mesmas
não queimem quando receberem a tensão em 220 volts. O adaptador
série para ligação de duas lampadas que funcionam
em 127 volts, ligadas numa saida de 220 volts está representado
abaixo na figura 3.
Sabemos que para ligar qualquer
equipamento, precisamos utilizar cabos de alimentação compativeis
com a quantidade de corrente (Ampéres) a ser conduzida pelos mesmos,
e o fator que determina a capacidade de conduzi-los sem gerar um super
aquecimento é o diametro dos cabos, geralmente de cobre. A quantidade
de cobre existente nos cabos é que determinará se será
possivel a passagem de elétrons sem causar "congestionamento"
de elétrons, o que provocaria o super aquecimento. A fórmula
que determina a corrente é Wats dividido por Volts igual a Ampéres
(W / V = A), onde, podemos concluir que uma lampada de 1000 wats fabricada
para funcionamento em 127 volts exigirá cabo que tenha capacidade
de conduzir, no mínimo 8 ampéres aproximadamente. Vejamos
abaixo qual a quantidade de corrente que irá "transitar"
por cada fase pelas nossas 6 lampadas de 1000 wats em ambas as situações.
No caso de tensão trifásico
380/220 volts onde temos 220 volts entre cada fase e neutro ligamos 6000
wats, 2000 wats em cada fase e foi medida uma passagem de corrente de
9,09 ampéres em cada fase. No caso de duas fases de 127 volts cada
uma, ligamos as mesmas 6 lampadas de 1000 wats sem utilizar o neutro,
o que exigiu capacidade de passagem de corrente de 18,18 ampéres
por fase. Podemos então concluir que precisamos dispor de duas
vezes mais cobre (R$) nos cabos de alimentação para transmitir
corrente para equipamentos ligados em fonte de tensão em trifásico
220/127 volts do que em trifásico 380/220 volts. Junto a esta constatação
de caráter econômico existe outra que é em relação
a segurança.
Nossos
racks de dimmer possuem apenas um disjuntor de proteção
para cada canal de saída de 20 Ampéres em 220 volts, quando
desligamos este disjuntor para identificar algum problema e efetuar o
respectivo reparo ele interrompe a passagem de apenas uma fase, ficando
a outra linha transmitindo energia para os plugues de saida dos canais
de dimmer. No momento em que um técnico precisa afinar a luz ou
identificar algum problema ele estará exposto a uma descarga elétrica
de 127 volts proveniente da outra linha que não possui disjuntor.
No caso de ligação de nosso rack de dimmer em fonte de energia
em 380/220 volts será utilizado uma fase 220 volts e um neutro
para a ligação. A fase 220 volts passará pelo disjuntor
de proteção, quando o mesmo for desligado "toda"
a transmissão de energia será interrompida; o outro fio
que está conectado ao neutro não conduz energia, acarretando
com isso nenhum risco ao equipamento ou quem entre em contado com os cabos
do circuito.
Na realidade nossos fabricantes
de racks de dimmer produziram equipamentos para uso exclusivo em circuitos
de alimentação em 380/220 volts, como em muitas cidades
brasileiras este padrão de fonte de energia não está
disponivel recorremos ao recursso de utilizar duas fases em 127 volts
para poder ligar nossos equipamentos. Como num circuito elétrico
o neutro nunca pode ser interrompido é que só existe um
unico disjuntor de proteção para cada saída. Em nenhum
lugar do mundo é permitida a utilização de equipamentos
monofásicos em 220 volts utilizando duas fases. No caso de utilização
de nossos equipamentos de dimmer ou outros em trifásico 220/127
volts devemos sempre desligar o disjuntor geral trifásico geral
do sistema de iluminação para que seja feita a interrupção
de fornecimento de energia de todo o sistema.
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